Lavoro No Campo
Com relação ao trabalho no campo, Adelina e a família do marido plantavam algodão e amendoim. “Na Itália não conhecíamos estas culturas. Lá nós trabalhávamos com agricultura, mas eram outras culturas. O mais difícil era colher o algodão, mas fomos aprendendo de tudo”.
Aos 20 anos, ela ia para o campo junto com o marido e fazia as mesmas coisas que ele: puxava lenha no brejo, cortava arroz com a água pelo joelho. “Tínhamos que fazer, mas era gostoso, pois íamos todos juntos, umas oito, nove pessoas. No começo, por volta das 11 horas, corríamos para casa por causa do calor. Depois fomos nos acostumando e começar a sair (da roça) lá pelas 14 horas, 15 horas. Foi legal, mas foi muito trabalho”.
Vida em Pedrinhas
Apesar da exaustão do lavoro no campo, Adelina não pensou em voltar para a Itália, como fizeram muitos imigrantes no início.
O acolhimento por parte da família do marido foi um dos motivos em querer ficar aqui. “Sempre gostei dos meus sogros. Eu deixei minha mãe na Itália, mas minha sogra me trouxe para cá e me tratava como uma filha. Ela cuidou de mim e depois eu cuidei dela até o último momento”.
Adelina também lembra com carinho de uma figura emblemática do nascimento de Pedrinhas Paulista: dom Ernesto Montagner. “Ele estava sempre em casa e nos ajudava muito. Por exemplo, quando precisamos ir para a Itália, foi ele quem providenciou a documentação”, relata. “Dom Ernesto foi muito presente em nossas vidas”.
Hoje, aos 84 anos, a imigrante agradece pela vida. “Eu me sinto realizada porque construímos nossa família e somos todos muito unidos”.
Faça parte do nosso grupo de WhatsApp e fique atualizado.
Participar do Grupo