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Pedrinhas Paulista: Médicas Dra Laura e Dra Ianara esclarecem dúvidas sobre o contágio do CODIV-19

As profissionais da saúde, Laura Jane Monteiro de Oliveira e Ianara Passos, são clínicas gerais e atendem no Posto de Saúde de Pedrinhas Paulistas. As médicas esclareceram para a Folha de Pedrinhas algumas dúvidas que a população pedrinhense vem tendo nesse período de pandemia do novo coronavírus. “Pela orientação que recebemos da Organização Mundial da Saúde (OMS), acreditamos que cerca de 80% da pessoas que contraírem o vírus vão ser assintomáticas, ou seja, não vão ter sintomas ou vão ter de forma leve”, explica Oliveira.

As médicas apontam que caso o paciente apresente só coriza não há necessidade de procurar uma unidade de saúde. Se o sintoma for acompanhado de febre, que já perdura por mais de 48 horas, tonar-se um estado de observação e é recomendado entrar em contato com as profissionais de saúde. As médicas contaram que foi disponibilizado um canal telefônico para que a população de pedrinhas ligue e informe os sintomas que estão sentido em caso de preocupação. Conforme decisão, pode ser pedido para que o paciente seja encaminhado para uma unidade de saúde. “Por exemplo, apenas uma falta de ar não indica a presença de contaminação do vírus, o sintoma pode estar ligado a outras doenças. A falta de ar no caso do COVID-19, faz com que o indivíduo faça um esforço para respirar. Ele precisa puxar o ar em demasiada quantidade e vai sentir necessidade de um auxílio para respirar. Nesse cenário, é aconselhado que a pessoa se encaminhe para avaliação de um profissional”, esclarece Oliveira.

Nessa sexta-feira, 27, a Anvisa liberou a pesquisa com a hidroxicloroquina para o tratamento do novo coronavírus. A respeito do uso desses medicamentos as médicas frisam que, “os testes estão sendo feitos com pessoas em estado grave. Não existe uma definição de que vá realmente ser eficaz. Por se tratar de um vírus novo ainda vai ser feito muito estudo sobre. O que a Anvisa e o Ministério da Saúde pede é que a população não saia comprando essas medicações para usar em casa de forma preventiva. O uso desses remédios requerem uma prescrição médica”, atesta Passos.

A profissional pontua que outros pacientes com doenças reumatológicas precisam da hidroxicloroquina para seus tratamentos, e que as pessoas estavam comprando vários volumes nas farmácias em uma tentativa de se prevenir contra o vírus, “quem precisa estÁ ficando sem”, acrescenta a médica. Passos volta a enfatizar que o medicamento não deve, em hipótese alguma, ser usado sem indicação médica e não funciona como forma de prevenção. “Se a equipe médica considerar que, para o benefício do paciente, seja necessário uma internação, eles podem estar administrando a hidroxicloroquina no indivíduo”, declara a profissional.

Por se tratar de um novo estudo, as médicas afirmam que não há quantidade suficiente de pessoas que usaram esse tratamento para comprovar se ele é eficaz ou não. “Ainda está sendo observado e o remédio pode trazer efeitos colaterais”, lembra Passos.

O isolamento social é altamente recomendado pelas médicas, considerado fundamental para a diminuição da taxa de transmissão.” A partir do momento que você está em grandes aglomerações, tendo uma rotina normal, o vírus passa de um para outro em grandes quantidades. Isso acaba chegando nos pacientes que tem imunidade mais baixa, como os idosos, o que os torna pacientes de risco”, ressalta Passos.

A higienização é outro ponto essencial para diminuir o contágio com o vírus. “O novo coronavírus é disseminado por meio de gotículas aerossóis. No momento que o paciente espirra em sua mão e encosta em alguma superfície, as gotículas do vírus permanecem lá. É recomendado lavar as mãos com água e sabão para eliminar a quantidade de vírus que está em contato com a sua pele. Quando isso não for possível, a substituição por álcool gel ou líquido de 70% é indicado”, conclui Passos.

A Secretária da Saúde de Pedrinhas Paulista, Zilda Nascimento da Silva, reforçou as recomendações das médicas e revela que apoia a quarentena. “O isolamento na quarentena é a forma mais eficaz para evitar a disseminação do vírus. Fiquem em casa e acompanhem os informes das autoridades locais” finaliza Silva.

 

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