A reportagem da Folha de Pedrinhas entrevistou recentemente Fernando Quinteiro, candidato a deputado estadual para representar a região na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Ele participou da 30ª Festa Italiana de Pedrinhas Paulista e disse tem um apreço muito especial pelo município, pois foi aqui que deu início à sua carreira. Em 1988 começou a trabalhar como delegado de Polícia em Pedrinhas, quando ainda era distrito de Cruzália. “Fiz muitos amigos aqui e fui muito bem recebido. O acolhimento da colônia italiana é sensacional. Pedrinhas tem uma projeção nacional, não só estadual. Por isso é motivo de orgulho retornar a essa cidade e participar de suas festividades”.
Depois de Pedrinhas, ele foi delegado titular em várias cidades da região e terminou a carreira como delegado seccional em Assis, Marília e Ourinhos. “Consequentemente voltei para o meu habitat natural, a nossa região. Conheço profundamente todos os nossos problemas dessa área que envolve cerca de 15 municípios da região de Assis”.
Representatividade
Quinteiro disse que sempre percebeu a necessidade de a região possuir um representante da classe política. “Quem é da região sabe que há 30 anos nós não temos um representante nem no Legislativo e nem no Congresso Nacional. E isso faz falta. Uma região que não tem a sua representação própria fica dependendo de outros deputados que vêm de longe e nos dão migalhas. Nas últimas décadas os prefeitos vivem de migalhas, pois necessitam delas. As prefeituras não sobrevivem com orçamento próprio, necessitam de emendas parlamentares”.
Por isso, ele acredita que seja necessária uma forte mobilização. “Se a nossa região fosse bem unida, elegeríamos tranquilamente um deputado estadual e um federal. Foi pensando neste contexto que resolvi que candidatar a deputado estadual. Fui candidato a prefeito em Assis nas últimas eleições municipais e tive quase 11 mil votos. Isso me credenciou e me animou um pouco mais a tentar uma cadeira na Assembleia Legislativa”.
Importância do agro
Sobre esse assunto, Quinteiro ressaltou que um representante que chega na Assembleia Legislativa ou no Congresso Nacional precisa estar vocacionado em algumas áreas. “Temos áreas vitais para a sociedade, como Saúde, Educação, Segurança. Esses três tópicos são fundamentais para que uma região se desenvolva”, diz. “A nossa região é essencialmente agrícola e a grande parte dos municípios depende exclusivamente do agronegócio”.
Ele defende que o agronegócio tem que ultrapassar as barreiras e partir para a agroindústria. “Possuímos um agronegócio farto na região e temos que dar um salto de qualidade. Por que não podemos agregar na região, atrair investimentos maiores, para que a matéria-prima que sai da lavoura seja industrializada na nossa região? Nós temos potencial para isso”, frisa. “Em outras regiões do país, como o Norte do Paraná, já existe uma agroindústria efervescente. Temos que fazer com que outros investimentos sejam possibilitados para que os próprios agricultores da região partam para a agroindústria, agregando valor ao seu produto que sai do campo”.
Comentou que esteve em Rinopólis (SP), onde a agroindústria já está pujante. “Lá existe uma grande rede de avícolas. As aves procriam, produzem e, em uma linha de montagem, o ovo já sai em pó. É a agroindústria em perfeita atividade com o agronegócio”.
Um dos grandes frutos da agroindústria, na visão do candidato a deputado, será a geração de emprego. “O cidadão só vai ter dignidade se tiver emprego. E é nesse propósito que temos que fortalecer o agronegócio e principalmente partir para a agroindústria”.
Ficha limpa
“Felizmente o povo brasileiro e o da região já está mais atento com relação a isso”, observa. “Você liga a televisão a qualquer hora do dia e vê um escândalo atrás do outro. Mesmo com todas essas atividades da Lava Jato e de outros setores da Justiça e da Polícia, os atos de corrupção não acabam. É um câncer que se alastra na sociedade com uma intensidade muito grande. Mas felizmente a nossa população está mais consciente”.
Por outro lado, Quinteiro aponta que há uma parcela da população que está muito descrente. “Mas não podemos ficar distante da política, temos que estar atentos a ela. O Estado democrático brasileiro permite uma renovação de quatro em quatro anos. É onde entra a força da população demonstrando com seu voto que quer mudança”.
Por isso, alertou que o eleitor deve procurar saber quem é o candidato em que vai votar. “É inadmissível hoje a população não estar consciente de quem são os candidatos. Hoje você utiliza as redes sociais ou o Google para colocar o nome do candidato e verificar o que ele já fez, o que tem de positivo e de negativo. Ninguém mais pode votar no escuro, como foi feito no passado. As redes sociais facilitam isso. É inadmissível algum ficha suja vir a uma cidade como Pedrinhas para pedir voto”, declara. “É um dever natural de um gestor público ser ficha limpa. Parece que é uma grande qualidade, mas não, isso é uma obrigação”.
E para essa parcela da população que está resistente e sequer quer saber de política, Quinteiro conclama: “Quem vive em sociedade organizada tem que ter interesse pela política, pois quando os bons se afastam da política, os maus tomam conta. E uma decisão em São Paulo ou em Brasília afeta qualquer município”.
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