O Ministério da Agricultura informou ter confirmado o diagnóstico da doença conhecida como “mal da vaca louca” no caso que estava sob investigação no Pará. O resultado dos exames laboratoriais foi comunicado pelo ministro Carlos Fávaro, na tarde da última quarta-feira, dia 22, ao presidente Lula. Desde o início, a pasta tem adotado providências para tranquilizar a população e evitar danos à exportação de carne brasileira.
Já se sabe que o animal doente não era criado em regime de confinamento, foi abatido e a fazenda está isolada. As últimas ocorrências de doença da vaca louca foram registradas no Brasil em 2021, em frigoríficos de Belo Horizonte/MG e de Nova Canaã do Norte/MT.
A doença – A Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecida popularmente como o “mal da vaca louca”, ficou famosa mundialmente após um surto na Grã-Bretanha durante os anos 1990, que provocou a suspensão do consumo de carne bovina no país.
A doença acomete o cérebro de bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos. A enfermidade pode ser transmitida por meio da ingestão de carne contaminada e pode, inclusive, levar seres humanos à morte. Por isso, existe um controle sanitário muito rígido para prevenir e controlar os casos relacionados à patologia.
Além do consumo de carne contaminada, considerado “casos típicos”, o mal pode ser gerado espontaneamente em animais velhos, chamados “casos atípicos”. No segundo caso, a doença gera menos preocupação, pois geralmente a ocorrência é isolada e independente. No caso suspeito, no Pará, como a vaca já tinha sete anos, é possível que a doença tenha se originado na natureza.
Risco insignificante – O Brasil é considerado território de risco insignificante para a ocorrência da doença, de acordo com classificação da Organização Mundial de Saúde Animal. Nas últimas décadas, o país registrou apenas alguns casos isolados da doença, que foram devidamente controlados e eliminados.
Os últimos casos de vaca louca registrados no Brasil ocorreram em 2021, em Minas Gerais e no Mato Grosso. Na ocasião, os casos também foram atípicos, mas a China, maior comprador de carne do Brasil, suspendeu a compra de carne bovina brasileira por três meses, de setembro a dezembro daquele ano.
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